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  • Foto do escritorAndré Herzog

Como tudo começou...

Atualizado: 14 de set. de 2021

Muita gente me pergunta sobre minha jornada e como me tornei um facilitador de processos e anfitrião de conversas. Aqui vai, então, uma breve narrativa de como vim parar onde estou.

Minha história começou no Rio de Janeiro, onde nasci, cresci e estudei durante grande parte da minha vida. Depois de terminar o ensino médio e já percebendo a necessidade de me desenvolver, decidi mudar completamente o ambiente em que estava imerso até então. Assim, decidi estudar Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde me formei em 2010. Ao longo dos anos na universidade, fiz diferentes cursos, consegui meu primeiro emprego, fiz um intercâmbio de um semestre na Suíça e comecei a viajar pelo mundo. Todas essas decisões tinham o mesmo objetivo, o de me expor a diferentes pessoas, culturas e ambientes.

Após me formar, comecei a trabalhar com economia no Sistema FIRJAN, escrevendo estudos econômicos sobre competitividade industrial e investimentos e ajudando na elaboração de propostas para alterações na política industrial. Depois de algum tempo, porém, percebi que já não estava mais aprendendo tanto e já não me sentia mais desafiado. E, pior, não conseguia ver o impacto que meu trabalho gerava fora das paredes da empresa, o que é muito importante para mim. Minha percepção era de que uma simples mudança de emprego não seria suficiente para que eu encontrasse o que estava buscando.

Seguindo a sugestão de um amigo, me mudei para Amsterdam, para estudar na Knowmads Business School, uma escola alternativa que oferece um programa de liderança pessoal, com um equilíbrio interessante entre desenvolvimento pessoal e atitude empreendedora.

Durante meu ano como participante lá, experimentei uma abordagem diferente da tradicional, uma vez que o curso é facilitado e baseado em perguntas e workshops mão na massa. Foi na Holanda que tive o primeiro contato com o mundo da facilitação. Eu percebi que essa abordagem não foi marcante apenas para mim, mas também para todos os demais participantes que passaram pela escola. Decidi, então, ajudar a levar esse tipo de educação adiante, me tornando um facilitador de processos.

Eu não quis, porém, voltar ao Brasil ao término do curso, porque achei que voltar sem experiência e sem uma rede de contatos nessa nova área dificultariam em muito minha transição. A grande ruptura que eu estava buscando e que se desenhou na Holanda foi, então, potencializada por minha escolha seguinte.

De Amsterdam, me mudei para Hanoi, no Vietnã, onde comecei a atuar como empreendedor e facilitador no Knowmads Hanoi, oferecendo diversos programas e workshops para a comunidade local. Foi lá também que me aprofundei no universo da Arte de Anfitriar Conversas Significativas e Colher Resultados que Importam (Art of Hosting), tendo coorganizado e coanfitriado o primeiro encontro no país.

Minha experiência na Ásia foi incrível pelos mais diversos motivos, dentre os quais eu destaco a forma muito prática e acelerada como aprendi. Além de atuar como facilitador, foi também muito enriquecedora a experiência de trabalhar como empreendedor junto com meus amigos. Apesar de ter que fazer muitas coisas que pouco (ou nada) tinham a ver com facilitação em si, esse contexto nos forçava a pensar de forma holística, focando sempre na sustentabilidade da organização. Não por acaso, um dos pilares do meu trabalho lá foi o de ajudar na capacitação de alguns vietnamitas para que eles assumissem a escola quando eu e os demais estrangeiros decidíssemos partir. Ter que ensinar algo que eu ainda estava aprendendo foi uma baita oportunidade para aprender sobre facilitação com muito mais profundidade e de forma muito mais acelerada que o normal. Quando essa curva começou a desacelerar e morar do outro lado do planeta começou a me cansar, percebi que estava na hora de um novo desafio.

Do Vietnã, me mudei para a Colômbia para trabalhar como anfitrião e facilitador em uma escola tradicional de Bogotá. Meu trabalho, contudo, tinha agora outro foco, de contribuir para o desenvolvimento da instituição. Isso incluía a facilitação de processos de aprendizagem para os funcionários, mas também a facilitação de processos de cocriação entre diferentes atores da comunidade, de modo a considerar suas contribuições nas tomadas de decisão da escola. Foram seis meses de trabalho continuado junto à escola, que rendeu frutos que ainda estão sendo colhidos.

Voltei ao Brasil em agosto de 2018 e, desde então, tenho atuado como autônomo, tendo me envolvido em projetos diversos. Quero continuar contribuindo para o desenvolvimento de pessoas, equipes, organizações e comunidades e, para tanto, decidi expor mais sobre o meu trabalho através deste site. Se quiser conhecer um pouco mais sobre minhas experiências, você pode checar alguns dos principais projetos nos quais trabalhei ao longo dos últimos anos ou deixar um comentário abaixo! :)

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